Diante do agravamento da situação do ministro Antonio Palocci (Casa Civil), a presidente Dilma Rousseff passou a analisar não só nomes para substituí-lo como a estudar mudanças no perfil dos titulares do cargos núcleo-duro do Palácio do Planalto.
Reportagem de Valdo Cruz, publicada na Folha deste sábado, afirma que ela cogita, num cenário de queda de Palocci, trocá-lo por um ministro de perfil “técnico”, o que assessores da presidente tratam reservadamente como escalar uma “Dilma da Dilma”.
Os nomes citados são o da ministra Miriam Belchior (Planejamento) e de Maria das Graças Foster, diretora da Petrobras, que já constou da lista de ministeriáveis. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, também é cotado entre assessores presidenciais como possível substituto de Palocci.
Em entrevista à Folha publicada neste sábado (4), o ministro atribuiu as acusações a ele a uma “luta política” e disse que ninguém provou qualquer irregularidade na sua atuação com a consultoria Projeto.
Palocci multiplicou seu patrimônio 20 vezes nos últimos quatro anos, usando os rendimentos da consultoria para comprar um apartamento de luxo e um escritório em São Paulo, como a Folha revelou no dia 15 de maio.
A empresa faturou R$ 20 milhões no ano passado, quando Palocci chefiou a campanha de Dilma à Presidência e acumulou seus negócios como consultor com o exercício do mandato de deputado federal.
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