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quinta-feira, junho 23, 2011

Fogos: bonitos, divertidos e perigosos

Em época de festas juninas, o risco de acidentes com fogos de artifício aumenta. O número de pessoas que sofrem acidentes por conta do uso inadequado dos fogos acompanha esse ritmo. Por conta disso, o Corpo de Bombeiros fiscaliza as barracas que vendem as bombas e traques de São João e os pais tomam - ou deveriam - mais cuidado com o manuseio desse tipo de material por crianças e adolescentes. De acordo com o tenente Couceiro, do Corpo de Bombeiros, a maioria dos acidentes tem como causa o manuseio inadequado e a falta de atenção.

É preciso ter muito cuidado no manuseio de fogos de artifício, muito usados em festas juninasÉ preciso ter muito cuidado no manuseio de fogos de artifício, muito usados em festas juninas

Primeiramente, a fiscalização se concentrará na questão das festas populares. A resolução 04/2010 prevê que os organizadores precisam entrar em contato com o Corpo de Bombeiros e obterem uma permissão. Nesse processo, as condições mínimas de segurança, de palco e queima de fogos, são averiguadas. Depois, há a fiscalização das barracas que vendem fogos de artifícios, como bombas e traques. Os consumidores precisam lembrar que é obrigatório a existência de extintores de incêndio nas barracas e que não é recomendado a realização de "testes" nos produtos nas proximidades das barracas. A desobediência a esses critérios pode causar acidentes.
No momento de manusear os fogos, há recomendações que não podem ser deixadas de lado, segundo o tenente Couceiro e Washington Reis, proprietário da Casa de Fogos São Paulo. Uma das principais causas de acidentes, entre adultos, é a não observação da distância mínima de segurança, principalmente quando os fogos de artifício aparentemente "falharam". A situação é simples: alguém acende uma "bomba", sai de perto e espera o momento do estouro. Contudo, não há explosão. Pensando que a bomba falhou, a pessoa se aproxima novamente, no intuito de ver o que aconteceu. Nesse momento, o material explode, causando o acidente.
O procedimento descrito acima está equivocado. Após verificar que a "bomba", o "vulcão", ou outros fogos de artifício, não funcionaram, o usuário não deve simplesmente se aproximar do material explosivo. "Nesse caso, é preciso esperar bastante, para se certificar que não haverá explosão e jogar água ou areia para dar mais segurança. Grande parte dos acidentes acontecem porque essa regra não é observada", diz Washington Reis.
O tenente Couceiro acrescenta que não é indicado acender fogueiras perto de fiações elétricas ou de árvores. As chamas podem se espalhar nesses casos e causar acidentes. "O mais indicado é escolher áreas abertas para acender as fogueiras, onde o fogo não poderá se espalhar e sair do controle. Outra coisa inadequada é a tradicional brincadeira de pular fogueiras, o que causa acidentes todos os anos. Isso deve ser evitado", diz o tenente.
Além disso, e principalmente por causa do feriado prolongado, onde muita gente vai passar o São João no interior, é necessário observar o local de acondicionamento. Os fogos podem queimar apenas com o atrito em mochilas ou pelo calor do ambiente. "Até mesmo o ato de portar esse tipo de material deve ser cercado de cuidados", aponta.
Outra questão que representa um risco é o manuseio de fogos de artifícios por crianças. Todos os anos o  Centro de Atendimento a Queimados do Walfredo Gurgel se enche de crianças machucadas por fogos de artifícios durante o São João. Nesses casos, segundo Washington Reis, os pais precisam supervisionar o uso de traques, bombas e materiais semelhantes em todos os casos (veja quadro). O único material completamente inofensivo é o chamado "chumbinho", indicado para crianças de todas as idades.

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