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segunda-feira, agosto 22, 2011

Huol concede coletiva sobre pacientes suspeitos de "Doença da Vaca Louca"

O Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), em Natal, confirma através de sua assessoria de comunicação a existência de um segundo paciente sob suspeita de estar com a doença da "vaca louca". Na última sexta-feira (19), o Huol confirmou que um paciente internado há mais de um mês naquela unidade está sob suspeita, com base em exames  laboratoriais realizados há cerca de uma semana e que apontaram a presença da proteína príon.
A confirmação quanto à doença só é possível após o eventual óbito do paciente, pois requer exames cujas amostras são retiradas dos tecidos do cérebro. A equipe de médicos professores e residentes participam nesta terça-feira às 9h, no Huol, de uma entrevista coletiva para explicar os casos. O esforço é, também, tranquilizar a população.
Uma das possibilidades mais admitidas pelos especialistas é que o paciente internado há mais tempo, no qual os exames apontaram para a presença da proteína em seu corpo, é que a doença seja congênita. Ou seja, que ele não tenha sido contaminado. Se confirmado, independente da forma como contraiu ou desenvolveu a doença, este será o primeiro caso que se tem conhecimento no Brasil. O primeiro paciente internado no Hospital Universitário Onofre Lopes está em coma.
Uma doença sem cura, que se desenvolve lentamente, e afeta principalmente o sistema nervoso central. Um dos sintomas é a dificuldade do portador da doença para caminhar. Os cuidados para evitar contaminação, segundo a direção do Hospital, estão sendo adotados.
O contágio só ocorre se a pessoa tiver contato com os tecidos contaminados, dizem os especialistas. O simples contato com o paciente não oferece risco algum de contágio.
A Doença
A encefalopatia espongiforme bovina, vulgarmente conhecida como doença da vaca louca ou BSE (do acrônimo inglês bovine spongiform encephalopathy), é uma doença neurodegenerativa que afeta o gado doméstico bovino. A doença surgiu em meados dos anos 80 na Inglaterra e tem como característica o facto de ter como agente patogênico uma forma especial de proteína, chamada prião (Portugal) ou príon. É transmissível ao homem, causando uma doença semelhante, a nova variante da Doença de Creutzfeldt-Jakob, abreviadamente vCJD.

Fonte: Tribuna do Norte

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