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quarta-feira, abril 27, 2011

Diretores do hospital dão ultimato: se até sexta a situação não melhorar, vão devolver cargos ao Governo do Estado

Deu em Marcos Dantas

O Blog conversou na manhã desta quarta-feira (27) com o diretor-administrativo do Hospital Regional de Currais Novos, Bernardo Gomes sobre a situação em que se encontra a unidade. Bernardo confirmou que, se até a próxima sexta-feira (29) a unidade não receber uma atenção maior do Governo do Estado, a situação pode se agravar mais ainda. "Se não chegar recurso até lá, vamos entregar a direção do hospital", disse ele se referindo ao Denis Zambon (diretor-geral); Bernardo Gomes (diretor-administrativo) e Pedro Cabral (diretor-clínico). Ele disse que não tem mais nada a ser feito pela direção do hospital, já que ofícios contando a situação da unidade foram enviados na última semana, ao Governo do Estado, Ministério Público e demais segmentos da sociedade.

Bernardo não concorda que a crise seja política, como disse em seu twitter o secretário de saúde do RN, Domício Arruda. "Eles querem justificar por aqui funcionam duas unidades de saúde. Mas posso garantir que uma não funciona sem a outra", disse. Dividem as dependências do prédio a Fundação Padre João Maria, entidade filantrópica mantida pela Paróquia de Currais Novos, e o Hospital Regional Mariano Coelho. Juntos, atendem pacientes de vários municípios do Seridó e interior da Paraíba.

Bernardo justifica que boa parte dos equipamentos que servem as duas unidades é da Fundação João Maia. "As próprias AIHs pagas pelo Governo do Estado são feitas através da Padre João Maria. Com esse dinheiro suprimos os plantões, já que o Estado não manda médico. Contratamos e pagamos com o dinheiro arrecadado através da Fundação. Pelo Hospital Mariano Coelho só entra energia, água, telefone, uma parte de medicamento, e material de limpeza", justificou.

O hospital de Currais Novos, que ao longo dos anos tornou-se referência no Seridó já chegou a ter um 30 médicos lotados no Governo do Estado. Hoje, esse número reduziu a apenas quatro. Pela Fundação Padre João Maia existem 55 funcionários contratados, enquanto que pelo Governo são mais de 380. O teto de AIH que já chegou a ser de 700 mil reais, hoje se resume a apenas 250 mil, insuficiente para pagar as despesas do hospital, que chega a ser de 470 mil reais por mês. "Vem gente de toda a região pra cá. Mais de 90% dos casos são resolvidos aqui, sem mandar ninguém pra Natal", finalizou Bernardo.

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