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segunda-feira, maio 16, 2011

Cinco meses após a posse, a ineficiência engole o governo Dilma Rousseff

Deu no Correio Braziliense
Durante a última campanha eleitoral, os marqueteiros fizeram questão de construir uma imagem de grande gestora para a então candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff.
Nos bastidores, seus defensores alardeavam atributos como a falta de paciência com a ineficiência, contra a qual reagia com irritação e, algumas vezes, murros na mesa. Pois passados quase cinco meses de governo, a figura de gerentona começa a se desfazer.
A administração Dilma está se transformando em sinônimo de obras paradas, projetos adiados e promessas na gaveta. Para piorar, a continuidade da era Lula impõe resistências a necessárias mudanças de práticas no funcionamento da máquina.
Resultado: sempre elogiada pelo trabalho à frente do Ministério de Minas e Energia e da Casa Civil e intitulada mãe do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a presidente está sendo engolida pela burocracia.
Não à toa, a inação do governo começa a assustar investidores e empresários, mais do que cientes da pressa do Brasil em superar gargalos na infraestrutura, que têm jogado pesado para empurrar a inflação para além do centro da meta de 4,5% perseguida pelo Banco Central.
Observa-se uma tremenda dificuldade dos principais atores na condução dos investimentos — os ministérios do Planejamento, das Cidades, dos Transportes e da Integração Nacional — por falta de competência.
Mesmo em fases de mais recursos para obras, muito pouco se transforma em realidade.
Somente em restos a pagar — despesas autorizadas, mas não desembolsadas — há R$ 124 bilhões na contabilidade pública.
E mais: sobram problemas na coordenação interministerial, entraves jurídicos e irregularidades de toda ordem.
Diante desse quadro desalentador, especialistas em finanças públicas afirmam que murro na mesa e puxão de orelha são insuficientes para Dilma entregar o que prometeu no tempo desejado.
Para fazer seu governo sair do lugar, ela precisará aliar vontade política com reformas institucionais, votadas pelo Congresso.
“A União tem sérios problemas financeiros e de gestão. O gasto é alto, rígido e ruim e a cobrança de impostos, ineficiente e injusta.  Para resolver tais problemas em definitivo, é preciso mudar a cultura de gastar mais e depois correr atrás de dinheiro para cobrir despesas”, diz o economista Raul Velloso.

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