O governo acompanha com preocupação e com perfil de zagueiro as movimentações da ex-ministra do Meio Ambiente e ex-candidata ao Planalto Marina Silva (PV) nas negociações da reforma do Código Florestal. A meta é impedir que Marina atrapalhe um acordo entre governo e sua base de apoio no Congresso, mas, sobretudo, impedir que ela ganhe espaço para viabilizar uma terceira via política, entre Dilma Rousseff e a oposição, de olho disputa ao Planalto em 2014.
A avaliação feita no governo é que Marina não tem sabido lidar com o patrimônio de quase 20 milhões de votos que obteve no primeiro turno das eleições presidenciais do ano passado. E, por ora, esse é o melhor cenário previsto pelo governo.
Identificada, no lançamento de sua candidatura, com a tentativa de conciliar o desenvolvimento sustentável com a preservação do meio ambiente, Marina chegou atrasada ao debate da reforma do Código Florestal, durante os meses em que o governo e o relator do projeto Aldo Rebelo (PC do B-SP) buscavam uma proposta de acordo para a votação.
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